Sua obra-prima foi o “Cântico do
Calvário”, escrito em memória do filho.
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angustias conduzia
O ramo da esperança. - Eras a estrela
Que entre as névoas cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro
(guardador de gado, pastor)
Varela colocou neste poema todo seu sentimento, toda a dor provocada
pela perda desse filho. São versos tristes, mas ternos. Principalmente os
primeiros que são antológicos (admirável). “Eras na vida a pomba predileta que
sobre um mar de angustia conduzia o ramo da esperança...” Fica na memória de
quem lê. O leitor se enternece ao ler cada verso, sente a dor do eu-lírico...
A religiosidade aparece em todo poema
que é um lamento, um grito de dor de um homem amargurado e que se sente culpado
pela tragédia.
“...
Cegou-me tanta luz! Errei, fui homem!
E de meu erro a punição cruenta
Na mesma glória que elevou-me aos astros,
Chorando aos pés da cruz,hoje padeço!
O apego a religião dava uma certa esperança ao poeta de, quem sabe,
encontrar seu filhinho depois da morte. Fagundes Varela apela para a crença
numa vida pós-morte a fim de atenuar a sua dor, pois sem esperança ela seria
insuportável. E termia assim:
“... Mas não! Tu dormes no infinito
seio / Do criador dos seres!...
...Quando a morte fria / Sobre mim
sacudir o pó das asas,
Escada de Jacó serão teus raios / Por
onde asinha subira minh’alma.
Por: Jhonata Teixeirão
Otima análise!
ResponderExcluirObrigado, Volte sempre. Conheça também o Blog Diário Literário, de minha autoria: http://diarioliterario18.blogspot.com.br/2015/03/chuva-cafe-e-companhia.html
ResponderExcluirputa análise boa vey, arrasou
ResponderExcluirTem como mandar a análise da forma até amanhã??
ResponderExcluirQuantas estrofes tem o poema
ResponderExcluirQuais são as rimas do poema?
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