domingo, 19 de janeiro de 2014

Literatura Apocalíptica


    A literatura apocalíptica teve seu inicio na Bíblia, onde é notório o destaque que se dava ao fim de uma determinada raça. Posteriormente a vimos em livros do século XXI ao qual destacavam um mundo sem possível salvação. Neste gênero encontramos características presentes de personagens que fazem previsões sobreo fim do mundo e as mesmas acontecem. Esse tipo de previsão pode ocorrer de modo aleatório no subconsciente ou através de algum embasamento cientifico como visto no filme “2012”.

    Abaixo trago a citação de um texto retirado da internet onde podemos notar como esse tipo de literatura ganhou corpo e vida.
"A literatura apocalíptica é um gênero de temática profética cujas revelações muitas vezes são mediadas por um outro ser mundano à um receptor humano, revelando uma realidade transcendente que é simultaneamente temporal, na medida em que prevê a salvação escatológica, ou espacial, na medida em que envolve um outro ser sobrenatural. Sua origem se dá nos livros de cunho bíblico."

 

   A literatura apocalíptica distingue-se da profecia por vários aspectos, entre eles mencionamos: o caráter esotérico, o sofrimento dos santos aliado à esperança de libertação final mediante intervenção divina, grande julgamento intervindo na história, a vinda do futuro não como conseqüência do presente, e a visão dos ímpios como adversários de Deus. Outras características são: conflito cósmico, combate entre dois adversários fortes, relato em forma de visão, e atribuição de autoria a um famoso personagem do passado.

   Uma outra característica deste tipo de literatura são os livros que destacam o empasse de Deuses, onde pela fúria dos mesmos haveria a extinção total da raça humana.

    Em partes a literatura Apocalíptica não é de toda má. No fim de algumas histórias por exemplo o fim pode ficar aberto à interpretações alheias ou então como em “2012”, onde os habitantes tem o mesmo fim de Noé propensos a fundarem um novo planeta.

    Distinguir o gênero não é o mais difícil, o problema é saber enquandra-lo ou não na era “post-modern” e ver se as características batem, porém isso é assunto para um outro tópico.

    Se quiserem conferir recentemente foi lançado o livro “Inferno” do autor Dan Brown, que possui todas as características acima citadas.

Por hoje é só!

 Por: Jhonata Teixeirão

 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Análise da narração de Agatha Christie em seus romances

 E aew galera! Estou de volta e dessa vez para falar da narração dos romances de Agatha Christie. Não é novidade para ninguém que seus romances prendem o leitor do inicio ao fim, porém as "coisas pegam fogo" mesmo nas ultimas  vinte páginas. Com uma narração minuciosa sobre os fatos narrados, Agatha prende o leitor pelos infinitos personagens e pelas infinitas possibilidades que estes tem sobre o fato principal, que é o grande mistério.
    No início tudo é perfeito, até que um notável acontecimento ocorre nas dependências de uma cena, que mais tarde será a teia principal da história. Todos inocentes-de início- porém, há mudanças no percurso onde os personagens apresentam um motivo ou  uma relação em determinado crime.
    Sempre há um detetive no romance. Em sua maioria este é representado por Hércule Pierot, que entra na trama acompanhado de seu amigo Hasting, com quem tem numerosos diálogos sobre o mistério a ser desvendado.
    Em algumas de suas histórias há variações no enredo. Em O Caso dos Dez Negrinhos- "And then there were nine"- Agatha revelasse fria, calculista e acima de tudo intrigante. Todos em uma ilha e todos mortos, e quem matou? Isso só é descoberto na ultima página do livro e ainda assim através de uma carta.
    Nas ultimas páginas de seus romances os personagens são colocados na cena inicial dos crimes apresentados, onde há, como de costume, um detetive e algumas testemunhas, para que o grande assassino seja desvendado. Isso não faz de sua obra "o mais do mesmo", pois as histórias tem enredo diferenciado e a cada leitura uma proposta diferente, seguindo o jeito Agatha de ser... 
     Enfim leitores, por hoje é só e não posso deixar de os convidar para uma leitura apaixonante e de tirar o folego, como as escritas por Agatha Christie, a rainha do crime.



Por: Jhonata Teixeirão

segunda-feira, 25 de março de 2013

Subordinação e coordenação


     Depois de muitas reclamações dos leitores por eu postar poucas coisas referentes à Língua Portuguesa, aí vai uma publicação relacionada a mesma, atendendo à pedidos...
    De acordo com a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), só encontramos as palavras coordenação e subordinação no que se refere ao período composto.
   No segundo parágrafo do livro Coordenação e Subordinação “ [...] quando as palavras se organizam para formar sintagmas, e estes se articulam para tecer uma oração, fazem-no graças à conexão sintática, princípio organizador da frase- que vem a ser a própria subordinação.” Entendemos que em um período para haver subordinação ele precisa ser composto, isto é, para que haja um termo dependente de outro termo da mesma oração.
    Outras gramáticas vão além da NGB e afirmam que não se coordenam só orações, mas também termos de uma oração e limitam-se a organizar as conjunções coordenadas de acordo com seus valores lógicos semânticos e a fornecer um exemplário de ocorrências.
    Há algo estranho na maioria das gramáticas, que é estudar primeiro a coordenação. Isso dificulta o raciocínio dos alunos, pois os mesmos devem ter em mente o que é a relação entre subordinado e subordinante em uma oração, para só depois estudar o que seria a coordenação dentro das orações.
    È preciso ter a subordinação para que haja entendimento da oração, pois sem ela nada feito. O que quero dizer é que para que haja entendimento de uma oração subordinada, deve primeiro dividi-la antes do pronome relativo e só então ver a relação que o subordinante exerce sobre ela.
        Já a coordenação para o entendimento das orações é essencial, pois nela o pronome já não é mais o relativo e sim a conjunção, que também é o que a denomina. Após o aprendizado do que são as orações subordinadas, entram as coordenadas que também tem importância no tocante da classificação das conjunções em uma relação não de dependência, mas sim de continuidade.

Por: Jhonata Teixeirão

domingo, 3 de março de 2013

A poesia da Carta de Caminha


    Caminha poderia simplesmente fazer um relato sobre a “Nova Terra”, mas usou de sua emoção para descrever a mesma, mais tarde chamada Brasil.

   Quando digo que a carta de Caminha é um poema, não quero dizer que ela seja descrita em versos ou mesmo em rimas para falar das belezas da terra, mas sim digo que Caminha usou de sua emoção, de suas expectativas e falou da beleza dos índios, da natureza, tudo isso para relatar ao rei como era a “Nova Terra” recém-descoberta.

    A carta pode ser entendida como ficcional partindo do ponto de vista da emoção e do sentimento.

    Caminha virou poeta sem ser, transformou um simples relato em obra de ficção, enfim, um gênio não intencional!

   Até semana que vem galera! 
    



Por: Jhonata Teixeirão

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Desvendando os personagens de Agatha Christie em “O Mistério do trem Azul"



    Galera antenada do blog, voltei em 2013 com todo gás... E vamos a minha primeira leitura do ano,o incrível Romance Policial de Agatha Christie.

   Como todos já sabem Agatha é a grande dama dos romances policiais, no inicio a leitura pode ate parecer cansativa, porém todo o esforço se justifica no fim de seus romances, onde tudo tem ligação em uma grande “teia”.

    Em “O Mistério do Trem Azul” não poderia ser diferente. Agatha nos apresenta personagens distintos, misteriosos e com humor. Neste livro a autora resgata seu grande detetive Hercule Poirot que é trazido para assumir a investigação da morte de uma jovem rica.

    O objetivo desta analise não é a de fazer um resumo do livro, mas sim falar dos personagens que Agatha nos apresenta. Sem citar nomes, porque são muitos os personagens, vamos a uma analise geral, porém importante sobre eles.

   Todos os personagens do livro, sem exceções, são apresentados de forma clara e objetiva. Cada personagem é apresentado inicialmente como simples pessoas do cotidiano, mas, após passarem por investigação, os mesmos se revelam fictícios e com pitada de realidade. As situações criadas pela autora também deixam os personagens no “meio a meio”, isto é, entre a realidade e a ficção. Talvez, seja essa a ideia da autora, humanizar seus fictícios personagens e coloca-los em situações que poderiam ou não acontecer, caso para a nossa velha verossimilhança. 

   A grande maravilha da leitura é você poder ler e imaginar, além de ter a possibilidade de fazer analise detalhadas sobre determinado ponto que mais chamou atenção no livro. No meu caso a forma como os personagens são descritos.

    Por hoje é só galera! Até a próxima!

Por: Jhonata Teixeirão 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A musa do Parnasianismo "Hebe"

   Coincidência ou não, Hebe já inspirava autores "sérios" do período Parnasiano.  Sua personalidade irreverente e seu jeito extrovertido contribuiram para que um poeta parnasiano- Raimundo Correia, escrevesse como manda a cartilha da Arte pela Arte, mas endeusando nossa musa "Hebe".
    Claro, que quando o autor escreveu o poema não era de Hebe Camargo à quem ele se referia, porém, para nós, cai como luva, uma vez que o poema descreve perfeitamente como era a loira que nos encantava nas noites de Segunda.


O Vinho da Hebe- Raimundo Correia

"Quando do Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia...


A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossa taça estendemos-lhe, vazia...


E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.


Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho. "



    Neste poema Parnasiano temos uma mulher idealizada, que inspira e é comparada com uma deusa. A alegria de Hebe é comparada com o vinho, na qual enchia o cálice do povo que é subentendido como a vida das pessoas.
    Hebe na ultima estrofe deixa a saudade na vida do eu-lírico, saudade esta que é descrita como vinho, O vinho da Hebe.



Por: Jhonata Teixeirão

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Análise do poema de Fagundes Varela "Cântico do Calvário"


Sua obra-prima foi o “Cântico do Calvário”, escrito em memória do filho.

 

Eras na vida a pomba predileta

Que sobre um mar de angustias conduzia

O ramo da esperança. - Eras a estrela

Que entre as névoas cintilava

Apontando o caminho ao pegureiro (guardador de gado, pastor)

 

     Varela colocou neste poema todo seu sentimento, toda a dor provocada pela perda desse filho. São versos tristes, mas ternos. Principalmente os primeiros que são antológicos (admirável). “Eras na vida a pomba predileta que sobre um mar de angustia conduzia o ramo da esperança...” Fica na memória de quem lê. O leitor se enternece ao ler cada verso, sente a dor do eu-lírico...

 

A religiosidade aparece em todo poema que é um lamento, um grito de dor de um homem amargurado e que se sente culpado pela tragédia.

 

“...  Cegou-me tanta luz! Errei, fui homem!

      E de meu erro a punição cruenta

      Na mesma glória que elevou-me aos astros,

      Chorando aos pés da cruz,hoje padeço!

 

    O apego a religião dava uma certa esperança ao poeta de, quem sabe, encontrar seu filhinho depois da morte. Fagundes Varela apela para a crença numa vida pós-morte a fim de atenuar a sua dor, pois sem esperança ela seria insuportável. E termia assim:

“... Mas não! Tu dormes no infinito seio / Do criador dos seres!...

...Quando a morte fria / Sobre mim sacudir o pó das asas,

Escada de Jacó serão teus raios / Por onde asinha subira minh’alma.
 
 
Por: Jhonata Teixeirão